Os bebês alimentam-se exclusivamente de leite nos primeiros meses de vida e recomenda-se que a alimentação complementar seja introduzida a partir dos 6 meses de vida.
A introdução de outros alimentos deve ser guiada pelo pediatra que acompanha a família e levará em consideração as diversas particularidades específicas do bebê, a sazonalidade dos alimentos, cultura, religião, hábitos e preferências familiares.
Outros grupos alimentares ganharão importância gradualmente, conforme a criança amadurece, até que, aos 12 meses de vida, seja capaz de comer o que o restante da família come.
Portanto, esta é uma grande oportunidade para que todos na casa conscientizem-se e promovam hábitos alimentares saudáveis, respeitando necessidades e preferências individuais.
Uma alimentação saudável deve incluir consumo de água, frutas, leguminosas, cereais, raízes, tubérculos, legumes, verduras, carnes e ovos, queijos e oleaginosas. Uma rotina diária pode consistir em consumo equilibrado desses alimentos em todas as refeições. Os alimentos idealmente devem ser adquiridos frescos e serão oferecidos após higiene e preparo adequados.
Nesta fase de introdução alimentar, algumas habilidades demonstradas pelas crianças como: sentar-se, levar objetos a boca, interesse pelo alimento que os adultos comem, realização de movimentos mastigatórios mesmo sem a presença de dentição são sinais de que a criança está pronta para interagir com os alimentos, mas a forma de oferecer as refeições depende das escolhas familiares e do desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
Com atenção à capacidade de maceração da criança, a família pode optar por montar o prato da criança com uma quantidade balanceada dos grupos alimentares apresentados em pedaços ou mesmo amassados no garfo e oferecidos com colher, ou ainda oferecer à criança a possibilidade de escolher alimentos cozidos e picados para que ela se sirva à vontade (técnica descrita como BLW: Baby-Led Weaning).
É esperado que, no início, as crianças brinquem com a comida mais do que comam efetivamente. A brincadeira é a maneira delas se relacionarem com o mundo e contribui para que a experiência seja lúdica e prazerosa. Para tanto, é importante estar atento e respeitar os sinais de fome e de saciedade para adequar o intervalo certo e a quantidade das refeições.
O acompanhamento regular com seu pediatra e a avaliação contínua de peso e estatura da criança vão lhe assegurar de que vocês estão no caminho certo.
Por Dra. Romy Schmidt Brock Zacharias, Coordenadora Médica da equipe de Neonatologia do Hospital Israelita Albert Einstein / CRM SP: 94 608
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