Dizer “sim” a tudo que os filhos querem é a porta de entrada para a má educação e o autoritarismo da criança, que serão transferidos para o mundo externo: a escola e as relações com outras crianças.
É cada vez mais frequente o número de queixas sobre o mau comportamento dos alunos em sala de aula e na convivência com os colegas em outros espaços da escola. Professores levantam questões sobre a indisciplina e a falta de limites, fruto de uma educação refém das normas e determinações da criança.
A escola também tem seu papel nessa batalha diária de educar uma criança indisciplinada. Ela ocupa grande parte do tempo dessa criança e trabalha na superação do seu mau comportamento por meio de uma boa formação. Busca ensiná-la a respeitar professores e colegas, direcionando-a para um comportamento menos agressivo e indisciplinado, de maneira que obrigatoriamente alcance o objetivo a que se destina a educação escolar: formar cidadãos competentes e participativos, que se respeitem e contribuam para o bem social.
E o que cabe aos pais nessa trajetória?
No decorrer da vida dos filhos, essa atitude acarretará problemas de relacionamento e convivência. O excesso de tolerância pode passar a imagem de indiferença e falta de amor. Surgem então a insegurança e a agressividade como autodefesa em ambientes fora de casa, que eles não dominam e cujo espaço não mais lhes pertence.
A disciplina dos filhos deve ser uma meta bem traçada e definida. É uma atitude de amor dos pais que mais tarde se mostrará a eles como o fundamento de tudo o que conquistaram na vida.
Estabelecer limites e disciplina requer paciência e firmeza. Os filhos devem ser preparados para a vida e para o que ela vai lhes exigir. A criança deve saber lidar com frustrações, pois ela não conseguirá tudo nem vencerá sempre.
A formação é o espelho do futuro. A família e a escola devem estar preparadas para educar a criança de maneira que ela possa enfrentar os desafios da vida e superá-los sem medo, com força e respeito.
Desse modo, os pais contribuem para a felicidade e a dignidade dos filhos em comunhão com a sociedade, zelando por elas.